Esta performance foi criada durante a Venice Performance Art Week, onde, ao longo de 10 dias, trabalhei em conjunto com outros artistas de diversas partes do mundo. Discutimos os conceitos de lar, fronteiras, memórias e pertencimento.

Ao prender objetos ao meu corpo e conectá-los por fios, criei um mapa visual da memória — uma rede externa de conexões pessoais ligadas à minha terra natal e às relações formadas através da migração. Cada objeto carregava um significado: histórias de partida, de pertencimento, de adaptação. Por meio desse gesto incorporado, tornei visível o peso emocional do deslocamento e a forma como a memória habita tanto o corpo quanto os espaços intermediários da identidade.

Seis anos depois, revisitei esse trabalho em uma nova versão da performance no Index – The Swedish Contemporary Art Foundation. Essa reativação aprofunda a obra, não como um retorno, mas como uma continuação — marcada pela experiência vivida com o passar do tempo, por novas relações formadas e por um sentido de lar em constante transformação.